quarta-feira, 18 de maio de 2011

apenas , só, um dia.

comecei por uma coisa simples, pelo menos para mim: sentei-me ao piano, respirei, e começou a melodia... uma melodia que me faz pensar, uma melodia que me faz recordar, uma melodia que me faz chorar.
levantei-me, caminhei até à varanda,  com pensamentos, recordações dentro de mim. olhei as estrelas...um tornado de sensações passou por mim. sei que nada nunca foi perfeito, perfeição não existe, mas eras, indubitavelmente um alguém perfeito para mim.
pensei,
pensei em todos os momentos que me proporcionas-te,
pensei em todas as palavras que foram gastas,
pensei no som da tua voz, do que ela me fazia sentir.
recordei,
todos os momentos,
todos os sentimentos,
todas as acções, discussões, tristezas.

certo dia sonhei que estava num belo prado, rodeada por pequenas flores de cor amarela, e sentia-me bem. não percebia porque, mas sentia-me bem. até que a dado momento, por entre aquele amarelo prado, apareces-te tu, com um ar angelical, e me sorris-te. aí percebi que eras tu. eras tu o meu anjo, eras tu o homem capaz de pintar a minha vida de uma maneira colorida e sem igual.

acreditei durante ano e meio que esse sonho era verdade, que realmente, eras o meu anjo, o meu menino.. que eras o tal. acho que nunca estive tão enganada na minha vida, pois, tu, só me desiludis-te, só me enganas-te, só me tratas-te como se de uma boneca me tratasse.
cada palavra, cada gesto, para ti, não passaram de mais do que isso, enquanto que para mim, foram tudo.
eu já não te amo mais. já não amo a pessoa em que te tornas-te (ou que sempre foste), já não te reconheço. por incrível que pareça, cada vez me importo menos com isso.

olharei mais as estrelas, recordarei, pensarei, chorarei. mas não vai passar disso.
recordas? pensas? sentes saudades? não.
apenas continuas a agir como se uma estranha fosse.
importo-me com isso? não, pois também és um estranho.

tu e eu, existiu. ponto final, fim.

um dia, irei olhar para trás para um passado que existiu, foi bom,foi mau.
um dia, verte-ei na rua, olharte-ei... vou reconhecer-te? talvez... lembrar-me-ei de ti? sem dúvida alguma.
um dia, vou tocar novamente aquela melodia, e já não chorarei: sorrirei.
um dia, vou voltar a sentir-me livre,
apenas, só, um dia, vais-te lembrar de mim,
mas será que vais a tempo?




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